domingo, 18 de setembro de 2011

"Minha Direc"

A minha função no NEJA (Núcleo de Educação de Jovens e Adultos da UNEB) é coordenar o Programa TOPA - Todos pela Alfabetização na Direc 25 da Região de Barreiras.Os municípios que compõem essa região os quais eu já  já visitei são: Barreiras, Angical, Baianópolis, São Desidério, Santa Rita de Cássia, Mansidão, Formosa do Rio Preto e Tabocas do Brejo Velho. (Essas duas últimas eu ainda não visitei).

Boas Novas e Novas não tão Boas

Não foi possível ser selecionado para cursar o Mestrado em Educação na Contemporaneidade, mas em contrapartida fui seleciondo para ser coordenador de área do NEJA (Nécleo de Educação de Jovens e Adultos) da UNEB - Universidade do Estado da Bahia e já estou trabalhando.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Aguardando Resultados

Estou ansiosamente esperando pelos resultados das seleções: da Coordenação do Projeto de Jovens e Adultos e do Mestrado como Aluno Especial, ambos na UNEB.

Leitura não é Mera Decodificação

 Um bom exemplo de que a leitura não é uma mera decodificação de palavras, mas sim a capacidade de "ler" e compreender globalmente uma palavra, frase ou texto:
                                                                            
                                                                                 
                         Exercícios para cérebros enferrujados

                       De aorcdo com uma peqsiusa   
                   De uma uinrvesriddae ignlsea,   
                   Não ipomtra em qaul odrem as
                   Lteras de uma plravaa etãso,   
                   A úncia csioa iprotmatne é que   
                   A piremria e útmlia Lteras etejasm   
                   No lgaur crteo. O rseto pdoe ser   
                   Uma bçguana ttaol, que vcoê   
                   Anida pdoe ler sem pobrlmea.  
                   Itso é poqrue nós não lmeos   
                   Cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa   
                         Cmoo um tdoo.

                        Sohw de bloa.


                                     Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua  mente leia corretamente o que está escrito..
35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R

COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35!

R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO,

M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453 4UTOM4T1C4M3NT3,

S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO?

POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!


NPC

 Esse texto foi enviado por Ana Caroline Magalhães, minha aluna do 6º Ano do Colégio Educandário Jardim das Oliveiras e retrata a questão da oralidade e aprendizagem em sala de aula. Sabemos que o que mais importa na linguagem é a comunicação, mas temos que entender também que é função da escola ensinar e garantir que os discentes aprendam a Norma Padrão Culta. 
Segue o texto enviado por Ana. É engraçado, mas muito sério...
                                                      
                                                                  O DESESPERO DA PROFESSORA!

A professora pergunta a um aluno:
- Wandercleison, diga aí um verbo.
- Bicicreta.
- Não é bicicreta... É bicicleta! E bicicleta não é verbo.
Depois, perguntou ao segundo aluno:
- Helvispresli, diga aí um verbo.
- Prástico.
- Não é prástico... É plástico! E plástico não é verbo.
A professora, desesperada, perguntou ao terceiro aluno.
- Janedílson, diga aí um verbo.
- Hospedar.
- Muito bem! Hospedar realmente é um verbo!
Agora diga-me uma frase com o verbo que escolheu.
- Hospedar da bicicreta são de prástico!...
Se não fosse trágico seria cômico! 

                                                                                                                                 Ana Caroline Magalhães        

Aula de Campo

Realizamos uma aula de campo no Cemitério Nosso Senhor dos Aflitos com três turmas do Colégio Educandário Jardim das Oliveiras. O objetivo era observarmos a ortografia antiga e compara com a atual, além de analisarmos nomes "diferentes" que na maioria das vezes não vemos mais. A aluna Bianca Nascimento, com muita responsabilidade, compromisso, sabedoria e inteligência comentou sobre a aula, demonstrando também competência na pesquisa:  

"Segunda aula de campo que nós tivemos só que meio diferente...

Uma aula de campo no ''cemitério''. as turmas que participaram dessa aula foi o 8ºano e o 6º.
Nosso cemitério é considerado um dos mais bonitos do Brasil. NA época em que foram enterrados os primeiros corpos, os corpos mais ''velhos'' eles escreviam bem diferente por exemplo, a palavra mortais antes era escrito mortaes com e, descançam era escrito como descanção com c cedilha
As covas com o nome data de nascimento e data de morte com um ''x'' do lado significa que o corpo já deve ser tirado. Depois de 3 anos mais ou menos, a familia do falecido não procurar o coveiro para  guardar os restos mortais o corpo é queimado e jogado fora. 
Olhando algumas covas, vimos alguns nomes engraçados, diferentes dessa época de agora como: Cerminio, Agapito, Zilmarinda, Domingas, Estelita, Ambrozina, Juarez, Tertuliana, Amarilda, Ismenia, Demerval, Altamirande, Jazigo, Aurelina,Perpetuo etc. Lá encontramos um coveiro que ia fazer 22 anos trabalhando nessa profissão".

                                                                                                                                                   Bianca Nascimento 

Alunos Inteligentes

Recebi esse texto de Ane Carolina Magalhães, minha aluna do
6º Ano (inteligentíssima) que descreve um pouco do cuidado que nós educadores devemos ter com a avaliação da aprendizagem. A avaliação deve conter parâmetros claros e significativos e não estar solta, sem sentido algum.
Segue texto: 

Professores Desconcertados... 
...ALUNOS... INTELIGENTES (?)

Professor: O que devo fazer para repartir 11 batatas por 7 pessoas?
Aluno: Purê de batata, senhor professor!
 ( Faz sentido!)
 
 Professor:- Joaquim, diga o presente do indicativo do verbo caminhar.
Aluno:- Eu caminho... tu caminhas... ele caminha...
Professor:- Mais depressa!
Aluno:- Nós corremos, vós correis, eles correm!
 (E não é verdade?)
 
Professor: "Chovia" que tempo é?
Aluno: É tempo muito mau, senhor professor.
 (alguma dúvida?)

Professor: Quantos corações nós temos?
Aluno: Dois, senhor professor.
Professor: Dois!?
Aluno: Sim, o meu e o seu!
 (a lógica explica...certinho!)
 
Dois alunos chegam tarde à escola e justificam-se:
- O 1º Aluno diz: Acordei tarde, senhor professor! Sonhei que fui à Polinésia e a viagem demorou muito.
- O 2º Aluno diz: E eu fui esperá-lo no aeroporto!
(fisicaquanticamente falando quem discute??? está certo!)

Professor: Pode dizer-me o nome de cinco coisas que contenham leite?
Aluno: Sim, senhor professor. Um queijo e quatro vacas..
(me diga onde ele errou?)

 Um aluno de Direito a fazer um exame oral: O que é uma fraude?
Responde o aluno: É o que o Sr. Professor está a fazer.
O professor muito indignado: Ora essa, explique-se....
Diz o aluno:Segundo o Código Penal comete fraude todo aquele que se aproveita da ignorância do outro para o prejudicar!
(tem lógica...)
 
PROFESSORA: Maria, aponte no mapa onde fica a América do Norte.
MARIA: Aqui está.
PROFESSORA: Correto. Agora turma, quem descobriu a América?
TURMA: A Maria.
 (Uauuuuu)

 
PROFESSORA: Joãozinho, me diga sinceramente, você ora antes de cada refeição?
Joãozinho: Não professora, não preciso... A minha mãe é uma boa cozinheira.
(sem comentários)


PROFESSORA: Artur, a tua redação "O Meu Cão" é exatamente igual à do seu irmão. Você copiou?
ARTUR: Não, professora. O cão é que é o mesmo.
 (sem noção....kkkkkkk)

 
PROFESSORA: Bruno, que nome se dá a uma pessoa que continua a falar, mesmo quando os outros não estão interessados?
BRUNO: Professora.
 (a melhor de todas,  sem dúvida!!!!!!!!!!!)

domingo, 24 de julho de 2011

Sonhando com o Mestrado

Na sexta-feira, dia 22/07/2011 me inscrevi para a Seleção de Aluno Especial do Mestrado em Educação na Contemporaneidade da UNEB. A Disciplina escolhida foi "Formação do Educador", em que pretendo discutir sobre uma nova concepção avaliativa na educação, principalmente na Séries Iniciais do Ensino Fundamental.
Segue a justificativa construída com o apoio, correções e orientações da colega, professora Mille Caroline

"A pretensão em ocupar uma vaga como aluno especial na Disciplina “Formação do Educador”, representa um enriquecimento de elementos teóricos e metodológicos capazes de fundamentar um projeto de pesquisa que a priori denomino: "Repensando a Prática de Avaliação da Aprendizagem Escolar: Por uma outra Abordagem”, na Escola Municipal Professora Nair de Almeida Brito Souza, em Nazaré, cidade localizada no recôncavo baiano, conhecida historicamente pela educação desenvolvida no antigo Colégio, chamado Educandário Clemente Caldas. Uma Escola Normal, que atendia professoras de Nazaré e cidades circunvizinhas. A partir da pesquisa in locu, será observado a importância e desafio dos professores da Escola Municipal Professora Nair de Almeida Brito Souza, desenvolverem espaços pedagógicos que propiciem a efetivação de uma avaliação da aprendizagem, enquanto instrumento contínuo. Embora a avaliação seja um dos elementos mais importantes do processo de ensino e aprendizagem, a sua prática majoritária nas escolas é utilizada como instrumento de poder. Percebe-se que ainda pratica-se uma avaliação que não condiz com a necessidade contextual e não se configura como uma avaliação que efetivamente traduz a realidade do nível de conhecimento que os educandos possuem, ou podem vir a possuir. É preciso um repensar sobre esse elemento que tem sido desenvolvido nas escolas de uma forma distorcida e que a cada dia se distancia mais e mais da avaliação da aprendizagem considerada mais adequada. Por esse motivo, a escolha pela Disciplina Formação do Educador, servirá como subsídio para mediar minha futura pesquisa, me proporcionando um novo olhar, uma profunda reflexão e novas discussões sobre outras concepções avaliativas, em que notas ou conceitos não sejam as únicas formas de avaliação. Dessa forma, a escola compreenderá que a sua função é diagnosticar, mediar e garantir a aprendizagem, ao invés de medir, julgar e consequentemente “selecionar” os aprovados e “excluir” os reprovados".

                                                                                                                                                                                     Alexsandro Conceição.
  

terça-feira, 19 de julho de 2011

A Caminho de Salvador

Na segunda-feira, dia 18 de julho, viajei para prestar uma seleção, a fim de ocupar uma vaga como coordenador de área num projeto da EJA, no Núcleo de Extensão (PROEX), Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

sábado, 30 de abril de 2011

Aos Alunos e ao Amigo

Gostaria de agradecer pelos comentários de todos.

Portfólio Docente

Utilizo sempre o portfólio que é um elemento de organização e arquivo de registros das aprendizagens dos alunos, selecionados com a intenção de fornecer uma síntese do percurso ou trajetória de aprendizagem. A forma dicionarizada desta palavra é “Porta-fólio” (pasta ou álbum para guardar folhas de papel, com desenhos, imagens, produções de um artista ou autor).
"As traduções em Língua Portuguesa vêm utilizando “portifólio”. Há um consenso sobre as dimensões que devem constar da avaliação de um portifólio:
·         A auto-avaliação pelo aluno;

·         A avaliação pelo (a) professor (a), a partir de: critérios formais e técnicos (objetivos executados, forma de apresentação); critérios qualitativos (relativos ao progresso do aluno, tendo em vista seus patamares iniciais e as aprendizagens ou capacidades evidenciadas);

·         A apresentação de dados concretos sobre os progressos dos alunos para os seus pais.

O sentido maior do uso desse instrumento seria o registro acumulativo e progressivo de dados pertinentes às aprendizagens, em torno de duas direções que o aluno se coloca: o que aprendi? De que forma aprendi? A partir desses eixos, construirá o registro de ações, atividades espontâneas ou dirigidas pelo professor ou pela professora, produções próprias ou reproduções de informações ou documentos, coletas de informações em outras fontes, apreciações e dificuldades. A periodicidade de sua elaboração é determinada pelos objetivos de cada etapa de aprendizagem e pelas motivações ao longo do processo, podendo ser trimestral ou mesmo anual.
Os portifólios não são registros destinados apenas a crianças ou alunos. Pode ser muito valiosa e prazerosa a elaboração do portifólio de professor (a).
É importante, ainda, que professores e professores que alfabetizam compartilhem suas experiências de uso de portifólios em seus trabalhos, registrando suas impressões sobre o significado desse instrumento em sua prática de ensino, seus efeitos nos alunos e nas famílias. Caso não existam essas experiências, a constituição de grupos de estudo sobre o tema e a realização de oficinas podem ser boas estratégias iniciais".

                                                                                                                                     (Pró-letramento)









Tendências Pedagógicas


As Tendências Pedagógicas que orientam a maioria dos professores e professoras no processo educacional, ainda hoje, são as Tendências Liberal Tecnicista e Liberal Tradicional. Na verdade, o que observamos são influências e resquícios dessas tendências, que oficialmente já entraram em desuso.   
O termo "liberal" nada tem a ver com algo “democrático”, “aberto à participação” ou relacionado a “progresso”. Este termo surgiu, advindo do sistema capitalista que defendia o predomínio da liberdade e dos interesses individuais na sociedade e a organizou com base na propriedade privada dos meios de produção. (LIBÂNEO, 1996, p. 21)
            A Tendência Liberal Tradicional consiste em preparar os alunos intelectual e moralmente para assumirem seu papel na sociedade. A escola tem um compromisso com a cultura, deixando para a sociedade a preocupação com os problemas sociais. Os alunos que não conseguem avanços devem procurar o ensino técnico–profissionalizante. Os conteúdos valorizados são os conhecimentos e valores acumulados pela sociedade e que são “passados” como verdades absolutas e inquestionáveis. O método é baseado na exposição verbal, na repetição e memorização. A autoridade do professor é necessária para garantir a passividade, a atenção e o silêncio dos alunos. Os conteúdos são dados numa progressão lógica, através de interrogatórios orais, exercícios e trabalhos para casa, além de provas escritas. De concepção positivista, essa tendência surgiu durante a sociedade feudal, se estendeu até 1945 (segunda guerra mundial) e tem como principal teórico o sociólogo francês Émile Durkheim (1858-1917).
            Já a Tendência Liberal Tecnicista, teve como principal pensador o norte-americano Burrus Frederic Skinner (1904-1990) e surgiu entre os anos de 1964 a 1980. Nessa tendência, a escola funciona como modeladora do comportamento humano e objetiva produzir indivíduos com “competência” para o mercado de trabalho. Há uma ênfase na técnica e no controle das condições ambientais, a fim de garantir a transmissão e recepção de informações. O professor é visto como o elo da relação entre o aluno e a verdade científica. Com concepção behaviorista, essa tendência entende o ensino como um processo condicionante através dos “reforços positivos”. O objetivo maior dessa pedagogia é o estudo científico do comportamento. Segundo Skinner: “Se a ocorrência de um (comportamento) operante é seguida pela apresentação de um estímulo (reforçador), a probabilidade de reforçamento é aumentada.”
            Pela incompletude dessas tendências no atual contexto, adotamos a perspectiva construtivista, pois entendemos que o construtivismo surge em contraposição ao ensino mecânico, dogmático em que os educandos não participam da construção do seu conhecimento. O Construtivismo apoia-se no princípio de que o conhecimento adquirido não é algo que vem de fora, de uma pessoa para outra ou através de leituras apenas, e sim, através de experiências que participamos ativamente, conhecendo-as, pesquisando-as, experimentando-as e refletindo sobre elas. Dessa forma - numa sociedade do conhecimento, da tecnologia e da comunicação - entendemos que a concepção construtivista melhor contempla o momento atual no qual estamos inseridos.       

domingo, 27 de março de 2011

"Encarnação" Encarnou em Mim

 A leitura do livro "Encarnação", de José de Alencar tem me trazido muito prazer. O objetivo dessa leitura é  o trabalho de Literatura no Colégio Educandário Jardim das Oliveiras com o 9º Ano.

Coordenação Pedagógica

A melhor notícia profissional que recebi este ano foi a aprovação no Concurso Público da Cidade de Salvador para o cargo de coordenador pedagógico. A minha colocação final foi 98º, num total de 200 vagas. Estou aguardando a convocação.

Muito Satisfeito

Fiquei muito orgulhoso e satisfeito pelo fato de na semana passada a Professora Antonia Marta Costa dos Reis, gestora da Escola Professora Nair de Brito, ter me convidado e demonstrado total interesse para que eu continuasse como representante do Colegiado Escolar da Instituição, no seguimento professor, mesmo eu não fazendo mais parte do quadro docente da Escola.

Um Pouco da História da Cidade de Nazaré

No próximo dia 29, nós do Colégio Educandário Jardim das Oliveiras estaremos realizando uma aula de campo com os alunos do 6º ao 9º Ano pelas ruas da Cidade de Nazaré, a fim de resgatarmos um pouco da história tão latente desta Cidade. O objetivo maior é construir nos alunos uma concepção de orgulho e valor por pertencerem a esse Município tão fascinante.   

domingo, 20 de março de 2011

Obrigado, Raquel

Gostaria de agradecer a minha grande amiga e colega Raquel Alves por ter me proporcionado mais conhecimento sobre a questão do consumo de carne, após ter assistido ao documentário "A Carne é Fraca", cedido a mim por ela.

Novo Desafio

Após ter entregue o meu contrato como professor das Séries Iniciais do Município de Nazaré, fui contratado a um mês pelo Colégio Educandário Jardim das Oliveiras, da mesma Cidade,  para realizar o trabalho como professor titular das disciplinas: Literatura, Língua Portuguesa e Redação com o 6º, 7º, 8º e 9º Ano no turno matutino. A empreitada constitui-se como um novo e grande desafio, pois nunca havia lecionado nas Séries Finais do Ensino Fundamental.

Cinco Minutos

Tenho me regozijado com a leitura dos livros "Cinco Minutos" e "A Viuvinha", ambos do grande José de Alencar. O objetivo dessa leitura é o trabalho de Literatura que realizarei na primeira unidade no Colégio Educandário Jardim das Oliveiras com o 9º Ano.

Texto-base para Artigo

Estou lendo o livro "Avaliação da Aprendizagem Escolar" do professor Cipriano Luckesi. Na obra, o autor explicita a distinção entre "exames" (o que a escola realiza) e "avaliação" (o que a escola deveria realizar); apresenta os equívocos e prejuízos que os "exames", como fundamento avaliativo trazem à educação e elucida o que é, como se processa e quais os benefícios significativos que a "Avaliação Construtiva" pode proporcionar ao processo ensino-aprendizagem.
 A leitura desse texto fundamentará a construção de um artigo sobre avaliação da aprendizagem escolar que estou escrevendo.

Projeto “Transformando Sucatas e Vidas”

No ano de 2009, nós da Escola Municipal Professora Nair de Almeida Brito Souza, criamos a "Banda de Lata", um grupo de percussão formado por alunos e alunas da própria Escola e outras crianças da comunidade, com intuito de estimular o prazer dos alunos pela aprendizagem e pela Escola. Fiquei com a incumbência de construir a justificativa e tive a felicidade de escrever um texto muito bem fundamentado, mesmo que sucinto. Segue a justificativa:
A Escola Municipal Professora Nair de Almeida Brito de Souza está situada numa região urbano-periférica, num contexto que apresenta fatores externos ameaçadores ao desenvolvimento físico, ético, psicológico e cognitivo dos alunos. Condicionantes sociais presentes no seu entorno como: alto índice de desemprego, uso e abuso de álcool e drogas ilícitas, tráfico de drogas atuante, prostituição, furtos, roubos, homicídios e outros atos de violência (físicas e verbais), tanto nas ruas, quanto dentro das casas, presenciadas ou vivenciadas por essas crianças, constituem a região como uma área de alto risco social para elas.
            A escola, enquanto espaço de construção de conhecimentos e saberes, também se consolida como um lócus de latente necessidade de construção e efetivação da cidadania. Atenta à essas funções, observamos que muitos alunos realizavam “batuques” nas mesas e cadeiras da Escola, principalmente nas salas de aula, atrapalhando o processo pedagógico. Compreedemos então, que não eram ações isoladas, mas com grande incidência, e, além de dotadas de sentido, essas práticas foram entendidas como motivações musicais que se dão pelo fato dos alunos estarem imersos num ambiente fortemente percussivo e por muitos deles serem nativos e oriundos de terreiros de candomblé, o que acaba por consolidar essas motivações.
            Pensando em resolver a problemática dos “batuques” e aliar a isso, a construção da cidadania e as bases do processo pedagógico, resolvemos aproveitar, incentivar e intensificar essas habilidades percussivas formando a banda de percussão “Lata e Cidadania”. Acreditamos que fazendo isso estaremos realizando um trabalho pioneiro no Município no processo de reciclagem e de atividade artesanal, uma vez que aproveitamos sucatas como: baldes, latas, varetas e cordões, construídos e conservados pelos próprios alunos-músicos. Mas principalmente, estamos valorizando e trazendo à tona essas competências e habilidades percussivas. Tudo isso faz com que a Escola se constitua num ambiente prazeroso e significativo para essas crianças, colocando-as como protagonistas de sua própria história, da história da sua rua, bairro e cidade e também como atores e autores do processo social, cultural e pedagógico, condição sine qua non para a efetiva construção da cidadania e transformação da sociedade.

sábado, 19 de março de 2011

Artigo Sobre Avaliação da Aprendizagem Escolar

Estou escrevendo um artigo sobre Avaliação da Aprendizagem Escolar, em que realizo uma abordagem do tema à luz da concepção de avaliação do Professor Cipriano Luckesi. Tendo como pano de fundo a "Avaliação Construtiva" do autor, realizo no trabalho, uma tessitura com a minha prática pedagógica na Escola Municipal Professora Nair de Almeida Brito Souza, no período de 2009 à 2010,  quando trabalhei com o 4º e 3º Ano, respectivamente. Na oportunidade, analiso minha postura avaliativa, os instrumentos de coleta de dados que utilizo, as atividades construtivas realizadas em sala de aula e a tomada de decisão direcionada, a fim de garantir a aprendizagem. A intenção de construir um texto com fundamentação teórica e, ao mesmo tempo, realizar uma análise das atividades, estratégias, recursos e instrumentos práticos utilizados em sala de aula, objetiva garantir uma abordagem interrelacionada entre teoria e prática, evitando assim, a dicotomia entre tais elementos, situação bastante comum em textos educacionais. 
Indico que assistam ao documentário "A Carne é Fraca" do Instituto Nina Rosa. O vídeo informa a crueldade na criação e no sacrifício dos animais, os impactos ao meio ambiente e os malefícios que o consumo da carne de animais bovinos, suínos e aves promove aos seres humanos.   

"Encontro com Milton Santos"

No mês passado tive a oportunidade de assistir ao documentário "Encontro com Milton Santos: a Globalização Vista do Lado de Cá". O documentário traz a tona os processos negativos da globalização, principalmente para os países periféricos. Baseado no livro "Por uma Outra Globalização: do Pensamento Único à Consciência Universal", do geógrafo baiano Milton Santos, em que o mesmo aborda o tema sob três dimensões: a globalização como nos fazem crer que seja, a globalização como realmente é e como ela poderia ser. Com muita propriedade, o professor Milton Santos realiza uma análise profunda desse elemento político-sócio-cultural que avança a cada dia.   

Um Breve Histórico da Alfabetização e Letramento no Brasil

A História da Alfabetização, em nosso país, foi centrada na História dos Métodos de Alfabetização. A disputa entre esses métodos, que objetivavam efetivamente garantir aos educandos a inserção no mundo da cultura letrada, produziram uma gama de teorizações e tematizações acerca de estudos e de pesquisas a fim de investigar essa problemática.
Desde o final do Século XIX, a dificuldade de nossas crianças para aprender a ler e escrever, principalmente na escola pública, incitou debates e reflexões buscando explicar e resolver esses entraves. As práticas de leitura e de escrita ganharam mais forças no final desse século, principalmente a partir da Proclamação da República.
A educação nesse período ganhou destaque como uma das utopias da modernidade. Até então, nessa época, as práticas de leitura e escrita eram restritas a poucos indivíduos nos ambientes privados do lar ou nas “escolas” do império em suas “aulas régias”.
. Até o final do império, as “aulas régias” ofereciam condições precárias de funcionamento e o ensino dependia muito do empenho dos professores e dos alunos. Para a iniciação do ensino da leitura eram utilizadas as chamadas “cartas de ABC” e os métodos de marcha sintética, ou método sintético (da “parte” para o “todo”); da soletração (silábico), partindo dos nomes das letras; fônico (partindo dos sons correspondentes às letras); e da silabação (emissão de sons), partindo das sílabas.
Em 1876, em Portugal, foi publicada a Cartilha Maternal ou Arte da Leitura, escrita por João de Deus, um poeta português. O conteúdo dessa cartilha ficou conhecido como “método João de deus” e foi bastante difundido principalmente a partir do início da década de 1880. O “método João de deus”, também chamado de “método da palavração”, fundamentava-se nos princípios da lingüística moderna da época e consistia em iniciar o ensino da leitura pela palavra, para depois analisá-la a partir dos valores fonéticos.
Na primeira década republicana foi instituído o método analítico que diferentemente dos métodos de marcha sintética, orientava que o ensino da leitura deveria ser iniciado pelo “todo” para depois se analisar as partes que constituem as palavras. Ainda nesse momento, já no final da década de 1920, o termo “alfabetização” passou a ser usado para se referir ao ensino inicial da leitura e da escrita.
A partir da segunda metade da década de 1920, passa-se a utilizar métodos mistos ou ecléticos, chamados de analítico - sintético, ou vice-versa. Esses métodos se estendem até aproximadamente o final da década de 1970.
Já no início da década de 1980, foi introduzido no Brasil, o pensamento construtivista de alfabetização, fruto das pesquisas de Emília Ferreiro e Ana Teberosky sobre a Psicogênese da Língua Escrita. O Construtivismo não se constitui como um método, mas sim como uma desmetodização em que na verdade, propõe-se uma nova forma de ver a alfabetização, como um mecanismo processual e construtivo com etapas sucessivas e hipotéticas.
Nessa mesma época, foi constatado um número enorme de pessoas “alfabetizadas”, mas consideradas como analfabetos funcionais, que são as pessoas que decodificam os signos lingüísticos, mas não conseguem compreender o que leram. Surge então o termo “letramento”. Estar letrado seria então, a capacidade de ler, escrever e fazer uso desses conhecimentos em situações reais do dia-a-dia. Alfabetizar letrando é de fundamental importância, pois garante uma aprendizagem muito mais significativa, afinal como afirma Soares (2004):

Alfabetizar letrando ou letrar alfabetizando pela integração e pela articulação das várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita é sem dúvida o caminho para superação dos problemas que vimos enfrentando nessa etapa da escolarização; descaminhos serão tentativas de voltar a privilegiar esta ou aquela faceta como se fez no passado, como se faz hoje, sempre resultando no reiterado fracasso da escola brasileira em dar às crianças acesso efetivo ao mundo da escrita. 

Atualmente vivenciamos uma crise de paradigmas, os métodos de abordagem tradicional e/ou tecnicista, já não dão conta do contexto atual e o Construtivismo, na maioria das vezes, continua sendo mal interpretado, incompreendido e utilizado de forma equivocada, isso quando utilizado. Portanto, entendo que um método ou uma perspectiva de desmetodização, enquanto teoria educacional funciona se há uma real fundamentação teórica e prática e se, relacionado a tal método ou desmetodização, estiverem uma teoria do conhecimento, além de um projeto político e social.       


domingo, 27 de fevereiro de 2011

Palestra com Cipriano Luckesi

No último dia 14, a nossa cidade, Nazaré-Bahia, foi premiada com uma palestra do Professor Doutor Cipriano Luckesi sobre Avaliação da Aprendizagem Escolar. Na ocasião, o mesmo abordou o tema, dando ênfase principalmente a distinção entre "exames" e "avaliação", conceituando avaliação como um levantamento de dados da qualidade da ação pedagógica e, por conseguinte, a tomada de decisão (intervenção na realidade), além de propor sugestões para a efetivação de uma ação avaliativa mais significativa e "construtiva".

Foto do evento



O Moreno

Já iniciei a escrita do meu segundo romance que será intitulado "O Moreno". 
O livro tem como personangem principal um homem chamado Manuel, apelidado de Moreno, nascido na zona rural e que após mudar-se para a zona urbana vivencia as diversas dificuldades e vicissitudes desse "outro mundo". A narrativa intercala momentos cômicos e comoventes.

A Leitura e a Escrita como Elementos Indispensáveis na Construção da Cidadania


            Ler, escrever e utilizar tais competências no dia-a-dia de maneira positiva é uma exigência social no contexto atual. Quando isso não ocorre sérios problemas acontecem na vida dos sujeitos que acabam não tendo consolidada a sua cidadania.
            Estar alfabetizado no mundo atual é poder entrar em contato com os conhecimentos e informações que nos rodeiam e nos garante o acesso aos bens comuns da sociedade. Diariamente nos é expostas situações em que o domínio da leitura e da escrita torna-se imprescindíveis para a nossa vivência e sobrevivência. Códigos, símbolos e outros elementos se apresentam a todo instante e em todo lugar, exigindo de nós a capacidade de decodificá-los e assim, fazer uso dos mesmos de uma forma proveitosa, racional e significativa.
            Numa sociedade letrada, marcada por signos, a não-apropriação dos conhecimentos básicos para o desenvolvimento da cidadania acaba tornando-se um entrave na vida dos indivíduos. A dificuldade para comunicar-se, pegar um transporte, orientar-se geograficamente ou compreender alguns acontecimentos e fatos do cotidiano, são alguns dos problemas que enfrentam os milhões de não-alfabetizados do nosso extenso País.
            Como uma das condições básicas para a cidadania, a leitura e a escrita se constituem, talvez, como os principais conhecimentos para a efetivação dos direitos humanos, os quais sempre requeremos. Não garantido isso, ficamos à mercê de todos os tipos de flagelos humanos. Uma nação que queira verdadeiramente se desenvolver, precisa erradicar o analfabetismo, porque assim estará promovendo a dignidade e a cidadania.