domingo, 27 de março de 2011

"Encarnação" Encarnou em Mim

 A leitura do livro "Encarnação", de José de Alencar tem me trazido muito prazer. O objetivo dessa leitura é  o trabalho de Literatura no Colégio Educandário Jardim das Oliveiras com o 9º Ano.

Coordenação Pedagógica

A melhor notícia profissional que recebi este ano foi a aprovação no Concurso Público da Cidade de Salvador para o cargo de coordenador pedagógico. A minha colocação final foi 98º, num total de 200 vagas. Estou aguardando a convocação.

Muito Satisfeito

Fiquei muito orgulhoso e satisfeito pelo fato de na semana passada a Professora Antonia Marta Costa dos Reis, gestora da Escola Professora Nair de Brito, ter me convidado e demonstrado total interesse para que eu continuasse como representante do Colegiado Escolar da Instituição, no seguimento professor, mesmo eu não fazendo mais parte do quadro docente da Escola.

Um Pouco da História da Cidade de Nazaré

No próximo dia 29, nós do Colégio Educandário Jardim das Oliveiras estaremos realizando uma aula de campo com os alunos do 6º ao 9º Ano pelas ruas da Cidade de Nazaré, a fim de resgatarmos um pouco da história tão latente desta Cidade. O objetivo maior é construir nos alunos uma concepção de orgulho e valor por pertencerem a esse Município tão fascinante.   

domingo, 20 de março de 2011

Obrigado, Raquel

Gostaria de agradecer a minha grande amiga e colega Raquel Alves por ter me proporcionado mais conhecimento sobre a questão do consumo de carne, após ter assistido ao documentário "A Carne é Fraca", cedido a mim por ela.

Novo Desafio

Após ter entregue o meu contrato como professor das Séries Iniciais do Município de Nazaré, fui contratado a um mês pelo Colégio Educandário Jardim das Oliveiras, da mesma Cidade,  para realizar o trabalho como professor titular das disciplinas: Literatura, Língua Portuguesa e Redação com o 6º, 7º, 8º e 9º Ano no turno matutino. A empreitada constitui-se como um novo e grande desafio, pois nunca havia lecionado nas Séries Finais do Ensino Fundamental.

Cinco Minutos

Tenho me regozijado com a leitura dos livros "Cinco Minutos" e "A Viuvinha", ambos do grande José de Alencar. O objetivo dessa leitura é o trabalho de Literatura que realizarei na primeira unidade no Colégio Educandário Jardim das Oliveiras com o 9º Ano.

Texto-base para Artigo

Estou lendo o livro "Avaliação da Aprendizagem Escolar" do professor Cipriano Luckesi. Na obra, o autor explicita a distinção entre "exames" (o que a escola realiza) e "avaliação" (o que a escola deveria realizar); apresenta os equívocos e prejuízos que os "exames", como fundamento avaliativo trazem à educação e elucida o que é, como se processa e quais os benefícios significativos que a "Avaliação Construtiva" pode proporcionar ao processo ensino-aprendizagem.
 A leitura desse texto fundamentará a construção de um artigo sobre avaliação da aprendizagem escolar que estou escrevendo.

Projeto “Transformando Sucatas e Vidas”

No ano de 2009, nós da Escola Municipal Professora Nair de Almeida Brito Souza, criamos a "Banda de Lata", um grupo de percussão formado por alunos e alunas da própria Escola e outras crianças da comunidade, com intuito de estimular o prazer dos alunos pela aprendizagem e pela Escola. Fiquei com a incumbência de construir a justificativa e tive a felicidade de escrever um texto muito bem fundamentado, mesmo que sucinto. Segue a justificativa:
A Escola Municipal Professora Nair de Almeida Brito de Souza está situada numa região urbano-periférica, num contexto que apresenta fatores externos ameaçadores ao desenvolvimento físico, ético, psicológico e cognitivo dos alunos. Condicionantes sociais presentes no seu entorno como: alto índice de desemprego, uso e abuso de álcool e drogas ilícitas, tráfico de drogas atuante, prostituição, furtos, roubos, homicídios e outros atos de violência (físicas e verbais), tanto nas ruas, quanto dentro das casas, presenciadas ou vivenciadas por essas crianças, constituem a região como uma área de alto risco social para elas.
            A escola, enquanto espaço de construção de conhecimentos e saberes, também se consolida como um lócus de latente necessidade de construção e efetivação da cidadania. Atenta à essas funções, observamos que muitos alunos realizavam “batuques” nas mesas e cadeiras da Escola, principalmente nas salas de aula, atrapalhando o processo pedagógico. Compreedemos então, que não eram ações isoladas, mas com grande incidência, e, além de dotadas de sentido, essas práticas foram entendidas como motivações musicais que se dão pelo fato dos alunos estarem imersos num ambiente fortemente percussivo e por muitos deles serem nativos e oriundos de terreiros de candomblé, o que acaba por consolidar essas motivações.
            Pensando em resolver a problemática dos “batuques” e aliar a isso, a construção da cidadania e as bases do processo pedagógico, resolvemos aproveitar, incentivar e intensificar essas habilidades percussivas formando a banda de percussão “Lata e Cidadania”. Acreditamos que fazendo isso estaremos realizando um trabalho pioneiro no Município no processo de reciclagem e de atividade artesanal, uma vez que aproveitamos sucatas como: baldes, latas, varetas e cordões, construídos e conservados pelos próprios alunos-músicos. Mas principalmente, estamos valorizando e trazendo à tona essas competências e habilidades percussivas. Tudo isso faz com que a Escola se constitua num ambiente prazeroso e significativo para essas crianças, colocando-as como protagonistas de sua própria história, da história da sua rua, bairro e cidade e também como atores e autores do processo social, cultural e pedagógico, condição sine qua non para a efetiva construção da cidadania e transformação da sociedade.

sábado, 19 de março de 2011

Artigo Sobre Avaliação da Aprendizagem Escolar

Estou escrevendo um artigo sobre Avaliação da Aprendizagem Escolar, em que realizo uma abordagem do tema à luz da concepção de avaliação do Professor Cipriano Luckesi. Tendo como pano de fundo a "Avaliação Construtiva" do autor, realizo no trabalho, uma tessitura com a minha prática pedagógica na Escola Municipal Professora Nair de Almeida Brito Souza, no período de 2009 à 2010,  quando trabalhei com o 4º e 3º Ano, respectivamente. Na oportunidade, analiso minha postura avaliativa, os instrumentos de coleta de dados que utilizo, as atividades construtivas realizadas em sala de aula e a tomada de decisão direcionada, a fim de garantir a aprendizagem. A intenção de construir um texto com fundamentação teórica e, ao mesmo tempo, realizar uma análise das atividades, estratégias, recursos e instrumentos práticos utilizados em sala de aula, objetiva garantir uma abordagem interrelacionada entre teoria e prática, evitando assim, a dicotomia entre tais elementos, situação bastante comum em textos educacionais. 
Indico que assistam ao documentário "A Carne é Fraca" do Instituto Nina Rosa. O vídeo informa a crueldade na criação e no sacrifício dos animais, os impactos ao meio ambiente e os malefícios que o consumo da carne de animais bovinos, suínos e aves promove aos seres humanos.   

"Encontro com Milton Santos"

No mês passado tive a oportunidade de assistir ao documentário "Encontro com Milton Santos: a Globalização Vista do Lado de Cá". O documentário traz a tona os processos negativos da globalização, principalmente para os países periféricos. Baseado no livro "Por uma Outra Globalização: do Pensamento Único à Consciência Universal", do geógrafo baiano Milton Santos, em que o mesmo aborda o tema sob três dimensões: a globalização como nos fazem crer que seja, a globalização como realmente é e como ela poderia ser. Com muita propriedade, o professor Milton Santos realiza uma análise profunda desse elemento político-sócio-cultural que avança a cada dia.   

Um Breve Histórico da Alfabetização e Letramento no Brasil

A História da Alfabetização, em nosso país, foi centrada na História dos Métodos de Alfabetização. A disputa entre esses métodos, que objetivavam efetivamente garantir aos educandos a inserção no mundo da cultura letrada, produziram uma gama de teorizações e tematizações acerca de estudos e de pesquisas a fim de investigar essa problemática.
Desde o final do Século XIX, a dificuldade de nossas crianças para aprender a ler e escrever, principalmente na escola pública, incitou debates e reflexões buscando explicar e resolver esses entraves. As práticas de leitura e de escrita ganharam mais forças no final desse século, principalmente a partir da Proclamação da República.
A educação nesse período ganhou destaque como uma das utopias da modernidade. Até então, nessa época, as práticas de leitura e escrita eram restritas a poucos indivíduos nos ambientes privados do lar ou nas “escolas” do império em suas “aulas régias”.
. Até o final do império, as “aulas régias” ofereciam condições precárias de funcionamento e o ensino dependia muito do empenho dos professores e dos alunos. Para a iniciação do ensino da leitura eram utilizadas as chamadas “cartas de ABC” e os métodos de marcha sintética, ou método sintético (da “parte” para o “todo”); da soletração (silábico), partindo dos nomes das letras; fônico (partindo dos sons correspondentes às letras); e da silabação (emissão de sons), partindo das sílabas.
Em 1876, em Portugal, foi publicada a Cartilha Maternal ou Arte da Leitura, escrita por João de Deus, um poeta português. O conteúdo dessa cartilha ficou conhecido como “método João de deus” e foi bastante difundido principalmente a partir do início da década de 1880. O “método João de deus”, também chamado de “método da palavração”, fundamentava-se nos princípios da lingüística moderna da época e consistia em iniciar o ensino da leitura pela palavra, para depois analisá-la a partir dos valores fonéticos.
Na primeira década republicana foi instituído o método analítico que diferentemente dos métodos de marcha sintética, orientava que o ensino da leitura deveria ser iniciado pelo “todo” para depois se analisar as partes que constituem as palavras. Ainda nesse momento, já no final da década de 1920, o termo “alfabetização” passou a ser usado para se referir ao ensino inicial da leitura e da escrita.
A partir da segunda metade da década de 1920, passa-se a utilizar métodos mistos ou ecléticos, chamados de analítico - sintético, ou vice-versa. Esses métodos se estendem até aproximadamente o final da década de 1970.
Já no início da década de 1980, foi introduzido no Brasil, o pensamento construtivista de alfabetização, fruto das pesquisas de Emília Ferreiro e Ana Teberosky sobre a Psicogênese da Língua Escrita. O Construtivismo não se constitui como um método, mas sim como uma desmetodização em que na verdade, propõe-se uma nova forma de ver a alfabetização, como um mecanismo processual e construtivo com etapas sucessivas e hipotéticas.
Nessa mesma época, foi constatado um número enorme de pessoas “alfabetizadas”, mas consideradas como analfabetos funcionais, que são as pessoas que decodificam os signos lingüísticos, mas não conseguem compreender o que leram. Surge então o termo “letramento”. Estar letrado seria então, a capacidade de ler, escrever e fazer uso desses conhecimentos em situações reais do dia-a-dia. Alfabetizar letrando é de fundamental importância, pois garante uma aprendizagem muito mais significativa, afinal como afirma Soares (2004):

Alfabetizar letrando ou letrar alfabetizando pela integração e pela articulação das várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita é sem dúvida o caminho para superação dos problemas que vimos enfrentando nessa etapa da escolarização; descaminhos serão tentativas de voltar a privilegiar esta ou aquela faceta como se fez no passado, como se faz hoje, sempre resultando no reiterado fracasso da escola brasileira em dar às crianças acesso efetivo ao mundo da escrita. 

Atualmente vivenciamos uma crise de paradigmas, os métodos de abordagem tradicional e/ou tecnicista, já não dão conta do contexto atual e o Construtivismo, na maioria das vezes, continua sendo mal interpretado, incompreendido e utilizado de forma equivocada, isso quando utilizado. Portanto, entendo que um método ou uma perspectiva de desmetodização, enquanto teoria educacional funciona se há uma real fundamentação teórica e prática e se, relacionado a tal método ou desmetodização, estiverem uma teoria do conhecimento, além de um projeto político e social.